terça-feira, 21 de setembro de 2010

História e Tipos de Decoração



Passamos grande parte da nossa vida entre quatro paredes. Esta é a razão pelo nosso prazer de estarmos em lugares organizados, confortáveis e bonitos.



A palavra decorar tem origem na antiga Roma- decoratione- mas seu
conceito remonta aos egípcios. Curiosamente, de todas as línguas
neolatinas, o italiano é o único idioma que utiliza outra palavra para a
idéia: arrendamento. O inglês, a mais importante língua do mundo
moderno, também a utiliza - decoration.

Decorar, como precisa o importante historiador, poeta, etc, Edward
Lucie-Smith - Furniture: a Concise History ,Thames and Hudson , em
termos históricos , era uma tarefa supérflua. Claro, os povos nômades,
dos quais descendemos, não tinham essa preocupação. Depois, surgiram a casa, os templos, os palácios,etc.

Na sua primeira e mais conhecida acepção, decorar significa embelezar.
Uma simples observação da cadeira e escabelo (footstool, ottoman) na
tumba de Tutakamon deixa claro esse aspecto. Havia a preocupação
nítida de decorar o objeto, ou seja, a cadeira. Assim, decorar significava
ornamentar móveis, vasos, ânforas,etc ; introduzir neles uma série de
novas linhas, ornatos em baixo ou alto relevo.

Em algumas ocasiões, utilizavam-se materiais diferentes para essa
finalidade. Ou enatão, como no caso de peças feitas de madeira,
combinavam-se diferentes variedades, cabendo a mais nobre, por
exemplo o ébano, a função de ornato. De qualquer forma, o leitmotiv
era a elaboração de um efeito visual que proporcionasse prazer e
conforto espiritual.


Na arquitetura e decoração são muitos os estilos, no entanto é possível selecionar os mais marcantes ao longo da história. São estes que você acompanha a seguir, vale lembrar, porém, que todos eles também se dividem em várias vertentes, gerando uma infinidade de novas leituras.

Clássico

Neste estilo englobamos o francês e o inglês e suas variantes. Caracteriza-se por decorações refinadas, com muito trabalho nos tetos e nas paredes (as famosas boiseries, que se transformaram nos lambris que hoje conhecemos), tapeçarias, lustres de cristal, espelhos, mobiliário entalhado, cores fortes, como dourado, vinho e vermelho e tecidos sofisticados, como seda e veludo. Ele reflete a opulência européia do século 17, com seus castelos e palácios decorados ricamente para sediar grandes festas e banquetes.

Contemporâneo

Este estilo prima pelas linhas retas e formas puras, em ambientes bem definidos, em que a função tem tanto peso quanto a estética. Paletas de cores claras (principalmente o branco) ou escuras compõem espaços e móveis, em que o desenho limpo e detalhes sutis, quase imperceptíveis, trazem sofisticação e sensação de bem-estar. O lema do contemporâneo é a frase cunhada pelo arquiteto alemão Mies Van der Rohe no início do século 20: Menos é mais. Hoje, este é o estilo mais usado no mundo todo, pois acompanha a praticidade da vida moderna. Além disso, ele permite mesclar outros estilos, o que ajuda a disfarçar seu ponto fraco: a pasteurização dos espaços. Isto porque a decoração contemporânea pura torna todas as casas iguais. Já, ao inserir objetos de vertentes diferentes, consegue-se dar personalidade aos ambientes.

Étnico

Aqui podemos incluir decorações em que a temática vêm da cultura e do artesanato de tribos ou povos de diferentes partes do mundo. A vertente africana é a mais forte dos últimos anos. São muito apreciados os seus tecidos de estampas marcantes e de interessante contraste de cores, estátuas e máscaras. O Oriente também exerce fascínio. China e Japão há muito fornecem inspiração para a decoração ocidental, no entanto hoje Bali e Tailândia tornaram-se mais populares entre nós. Um dos motivos foi o boom de exportação brasileiro de móveis e objetos desses dois países, gerando excelente relação de custo e beneficio. São peças leves, descontraídas, sob medida para ambientes alegres e práticos.

Retrô / Vintage

Decorações assim pedem elementos do passado, principalmente dos anos 1940, 50 e 60. Muito em voga atualmente, caracterizam-se pela composição de móveis e objetos pontuais, de preferência de linhas puras e design assinado. O bacana aqui é integrar esses itens à realidade de hoje, fazendo com que se harmonizem com a parafernália eletrônica moderna e com a multifuncionalidade da casa do século 21. Tudo indica que é uma tendência que chegou para ficar.

Provençal

Este estilo sofisticado, datado do final do século 17, vem do interior da França. Sua base é clássica, inspirada na decoração carregada dos palácios e castelos, porém nesta versão, são as pátinas, a pintura branca e os decapês, imprimindo ar desgastado aos móveis, que aparecem com força total. Tudo aliado aos tecidos claros, em composição com cores pastel, como o verde, o bege, o lilás e o azul. Estampas florais, xadrezes, listrados e o Toile de Jouy, célebre por suas cenas campestres, arrematam o contexto. Optar pelo provençal garante frescor à casa, pois trata-se de uma decoração leve, bucólica e romântica.

Rústico

Madeira bruta e escura, em que veios, ranhuras, nós e rachaduras ficam aparentes, é o material que mais caracteriza o mobiliário deste estilo. Mas aqui também são bem-vindas as composições com fibras naturais, como vime, taboa e bambu. São peças de linhas retas e simples, que integram o homem à natureza. Apesar da rusticidade, estes móveis têm trânsito livre em decorações sofisticadas, proporcionando contrastes elegantes.


Este foram alguns estilos que achei interesante abordar, mas exsitem vários outros estilos, nas proximas smenas eatarei falando detalhadamente sobre os etilos que listei aqui, mas se quiser algo sobre outro estilo só é deixar nos comentários os pedidos e sugestões.


Beijos e até manhã

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

História e Tipos de Jardins

Mirabell Garden, em Salzburg (Áustria) . O jardim foi construído em um eixo norte-sul, orientado com com a Fortaleza de Hohensalzburg e a catedral de Salzburger Dom.


Os jardins representam o reflexo do rela cionamento humano com a natureza. A própria palavra jardim vem da junção do hebreu "gan" (proteger, defender) e "éden" (prazer, delícia) e expressa de certa forma a imagem de um pequeno mundo ideal, perfeito e privativo. Portanto, os grandes jardins da história são como um vocabulário do desenho idealizado da paisagem, como cada civilização desejava que ela fosse. É sobre essa tradição que se assentam nossas práticas e posturas em relação à paisagem.

O que é um Jardim ?

Jardim é um terreno onde se cultivam plantas ornamentais, úteis ou para o estudo, é também uma obra de arte, com elementos vivos e inertes, no qual o homem procura, nos momentos de lazer, um contato com a natureza. Estão presentes em todo percurso da história da humanidade e, certamente, em suas origens se vinculam à da própria agricultura, com a domesticação das primeiras plantas úteis, ainda na pré-história. Ao longo de toda história ocorre transformações que podem ser caracterizadas pelos estilos próprios de cada época e cultura.

Pérsia, China e Egito foram os locais das mais antigas civilizações conhecidas, e são no geral regiões áridas. Água sempre foi um recurso fundamental, e irrigação uma palavra mágica. Num clima quente e seco, sombra e água fresca são tudo o que se quer, e assim os primeiros jardins incluiam tanques, canais de irrigação e árvores para sombra. O desenho e as plantas utilizadas tinham a agricultura como referência: árvores frutíferas, condimentos, plantas de uso ritual e muita linha reta. No Egipto, o religioso era um traço marcante nos jardins dos faraós, com plantas sagradas como o lótus, o papiro e a tamareira.

Dentro da atual classificação de estilos podemos citar as seguintes:

Jardim Francês


Também conhecido como jardim clássico, o jardim francês é considerado o mais rígido e formal de todos os estilos, e se traduz em formas geométricas e simetria perfeita.


Jardim Italiano


Se caracteriza pela utilização de plantas frutíferas, flores, estátuas e fontes em um contexto bastante clássico e funcional.


Jardim Inglês


Considerado como uma revolução, um manifesto contra os padrões rígidos e simétricos de outros estilos. Ele valoriza a paisagem natural, com formas curvas e arredondas tanto no relevo, como nos caminhos e na construção dos maciços e bosques.


Jardim Rural


Geralmente, adaptado ao ambiente rural ou de fazendas ou sítios. A pavimentação é bem natural, com seixos, cascalhos ou brita. Os vasos muitas vezes são adaptados de antigas peças utilitárias, tais como cestas, carrinhos de mão laqueados em branco, etc. Charretes, rodas de carroças antigas são utilizadas, como peças de adorno.
As cercas são de madeira. Muitas vezes estas peças rústicas são combinadas com plantas de delicada textura e cor, a fim de se somarem num efeito de um romantismo despojado.


Jardim Colonial


O estilo colonial pode se confundir com o rural, de vez que muitos de seus elementos decorativos provêm de antigas fazendas, do tempo colonial. Mas caracteriza-se principalmente, por incorporar materiais coloniais, assim como fontes e lagos.


Jardim Mediterrâneo


Este é um jardim praieiro. As plantas utilizadas gostam de pouca rega, solo pobre e muita luz. Plantas tais como alecrim, o limoeiro, a videira e a nêspera, fazem parte desta ambientação. Elementos marinhos como conchas moídas para o pisoteio, ou acabamento de canteiros, também, compõem este estilo. Cerâmicas vitrificadas ou não, fazem a pavimentação. Pequenas fontes e pequenos pátios, também.

Jardim Desértico ou Rochosos


O Jardim desértico ou rochoso tem por objetivo reproduzir uma paisagem árida. Ele é caracterizado principalmente pela presença de plantas xerófitas, espécies que desenvolveram a habilidade de reduzir a perda de água e acumulá-la para períodos de estiagem.


Jardim Oriental Japonês


Este jardim muitas vezes é um jardim em miniatura, composto por um desenho rígido e simples, arquitectado com bonsai. Este jardim tem como objectivo pacificar o espírito, equilibrá-lo em contacto com a natureza e abrí-lo a meditação.


Jardim Tropical


Neste jardim temos a sensação de que o homem não interferiu muito na paisagem. Assim como no estilo inglês, o jardim tropical também tem caminhos de contornos naturais. Sua essência é descontraída e avessa a podas e simetrias.


Jardim Contemporâneo


O estilo Contemporâneo é o mais aplicado actualmente.
É um estilo livre e se aproxima mais do estilo inglês. Busca-se no mesmo, alcançar uma integração entre o jardim e a arquitectura local, não havendo rigidez quanto a sua composição. Geralmente as pavimentações são lisas, bem confeccionadas, de materiais caros e nobres, e a mobília adaptada ao modernismos de vida requerido dela. Os vasos podem ser quase esculturas ou jardineiras construídas para este fim.



Nas proximas semanas estarei falando mais um pouco sobre cada jardim, assim você poderá escolher o seu.


Beijos

sábado, 18 de setembro de 2010

De volta a ativa

O Blog agora será atualizado diariamente, aqui postarei desde ideias praticas para facilitar nosso dia-a-dia até mesmo dicas de viagens.
Sugestões e dicas sobre assuntos serão bem vindos.

Os temas serão diários, cada dia terá um tema:

Segundas: Jardinagem e Paisagismo
Terças: Decoração de Interiores
Quartas: Indicação de produtos para jardinagem e/ou decoração
Quintas: Faça você mesmo
Sextas: Dicas de viagens
Sábados: Links diversos
Domingo: Dia para descanço


OBS: não sou decoradora, paisagista e muito menos guia turístico, mas vou compartilhar e tentar passar para vocês um pouco do que sei sobre o assunto e um pouco das minhas experiências.

Beijos
DUDA